quarta-feira, 28 de março de 2012

SANTA CATARINA: Homem morre após ser imobilizado com pistola Taser usada pela Policia


 


Um homem de 33 anos morreu na madrugada deste domingo, em Florianópolis, depois de ser imobilizado por uma pistola taser, que dá choques, usada pelas Polícias. O assistente de controladoria Carlos Barbosa Meldola, chegou a ser socorrido por uma equipe de emergência do Samu, mas não resistiu.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher de Meldola acionou a PM porque ele estava agitado, sob efeito de entorpecentes, e durante uma discussão ameaçou se jogar da sacada da residência, localizada na Praia dos Ingleses. Por volta das 2h, a PM chegou ao local, constatou que Meldola estava alterado e aparentava ter usado drogas. A PM afirma que o homem tentou se jogar e foi imobilizado com a pistola taser. Ele caiu, então, do lado de dentro da casa. Os policiais perceberam que Meldola estava desacordado e chamaram o Samu.
- Quando os dois soldados chegaram lá tentaram conversar e acalmá-lo. O homem ficou ainda mais nervoso e fez menção que iria se jogar da janela quando um dos policiais usou a taser para imobilizá-lo e caiu imediatamente. Ele parou de respirar e morreu – disse o o assessor de comunicação da Polícia Militar catarinense, major Alessandro Marques.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte a aguarda os laudos periciais para identificar a causa da morte. A pistola taser foi apreendida. A mulher dele deverá prestar depoimento, assim como os PMs que atenderam o chamado.
-A arma foi apreendida. Mas é um caso atípico, pois o taser foi usado mais de 200 vezes desde final de 2008, quando a Polícia Militar adquiriu 100 dessas armas – ressalta o major Alesssandro Marques.
Em nota, o Exército disse que, “através da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), é o órgão da administração pública responsável por autorizar a fabricação, o comércio, a importação, a exportação e o tráfego” da pistola taser e que, além das Forças Armadas, “somente órgãos de segurança pública, órgãos públicos que possuem segurança orgânica e guardas municipais podem adquirir tal produto”.
Em Sydney, na Austrália, um estudante paulista foi morto por policiais com pistolas taser, na semana passada, dia 19. Os agentes suspeitavam que o brasileiro roubara um pacote de biscoito em uma loja de conveniência. Como o jovem não teria parado, os policiais usaram as armas que dão choque e acabaram matando-o. Os amigos de Roberto, no entanto, dizem ele foi confundido com o ladrão e que o caso se parece com o de Jean Charles de Menezes, morto por engano em 2005, em Londres.
O corpo de Roberto Laudísio Curti, de 21 anos, só deve chegar ao Brasil daqui duas semanas.

O Globo

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