quinta-feira, 14 de junho de 2012


Reitor_da_Uern_Milton_MarquesReitor da Uern diz que semestre letivo 2012.1 poderá ser cancelado se greve continuar em julho


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é legal. Se o Pleno do TJ mantiver essa decisão, o movimento pode se prolongar e comprometer o semestre letivo 2012.1. O alerta é do reitor da Uern, Milton Marques.
Segundo ele, o semestre poderá ser cancelado se as aulas não forem retomadas até o dia 1° de julho. Justifica ser difícil finalizar os dois semestres previstos para este ano até março ou abril de 2012, como estava previsto. Se essa situação ocorrer, como em 2011, o Calendário Universitário para este semestre, que deveria ter começado em 2 de maio, será suspenso.
Na greve do ano passado, que durou 106 dias, o cronograma de atividades acadêmicas foi revogado por conta do prolongamento da paralisação, que só terminou mediante acordo do Governo do Estado de reajuste do salário do funcionalismo em 10,65% em abril deste ano. E foi justamente o descumprimento desse compromisso que deflagrou a greve de 2012.
Milton Marques diz acreditar numa definição judicial sobre a greve até o fim desta semana. O Tribunal de Justiça analisa recurso do Estado à decisão da desembargadora convocada Sulamita Pacheco, proferida no último dia 30 de maio, reconhecendo a legalidade da paralisação.
O consultor-geral do Estado, José Marcelo Ferreira Costa, diz que embora a greve tenha sido considerada legal em caráter liminar, implicações devem ser avaliadas, como a garantia de percentual mínimo de atividades na Universidade, de 30%. Mas, segundo Milton Marques, esse índice é mantido pelos servidores administrativos e das pós-graduações.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), Flaubert Torquato, reclama do desinteresse de diálogo do Governo do Estado com os professores, lembrando que o sindicato pediu audiência ao Governo, através de ofício, mas até agora não houve resposta. "Continuamos à disposição para o diálogo", reitera.
Os professores querem o cumprimento do acordo firmado para o fim da última greve da categoria. Em setembro do ano passado, aceitaram parcelar o reajuste de 27,7% em três anos: 10,65% este ano e o restante em 2013 e 2014. 
Tribunal requisita contestação da Aduern para julgamentoEm relação ao julgamento definitivo do pedido de ilegalidade da greve da Uern feito pelo Governo do Estado, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) abriu prazo para a Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern) apresentar contestação ao recurso contra decisão liminar em favor da legalidade.
O sindicato dos professores foi notificado ontem, e tem 15 dias para contestar os argumentos do Governo do Estado. O professor Flaubert Torquato diz que a abertura do prazo para contestação significa que o Judiciário quer analisar o caso de forma mais cautelosa.
Segundo ele, a Aduern não pretende usar todo o tempo oferecido pela Justiça. A intenção é apresentar a contestação o mais rápido possível. "O que nós queremos é a reabertura do diálogo, que o Governo volte a negociar para que possamos chegar a um consenso", explica o presidente.
MOBILIZAÇÕES
Enquanto não sai decisão sobre o futuro da greve, professores, técnicos-administrativos e estudantes continuam se mobilizando. Hoje, às 17h, participam de ato público "Sinal Fechado pra Educação", no semáforo em frente ao canteiro de obras do Campus da Uern em Natal/Complexo Cultural da Zona Norte.
Amanhã, às 9h, haverá assembleia geral extraordinária da Aduern e, às 16h, mobilização em Patu, concentração na sede do campus. As mobilizações têm objetivo de justificar à sociedade os motivos da greve e também denunciar a situação da Universidade, que, segundo os segmentos acadêmicos, não está tendo a prioridade devida.

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