quarta-feira, 20 de março de 2013

Mulher de Renan Calheiro lucra 69% em 4 meses



A Tarumã Empreendimentos, "empresa relâmpago" do presidente do Senado, distribuiu R$ 200 mil de lucro para Maria Verônica Calheiros, mulher do senador

Antonio Cruz/ABr
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) volta à presidência do Senado
O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL): com o fim da Tarumã, sua mulher recebeu R$ 498.284 em lucro e na restituição do investimento
Brasília - Novo documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que a Tarumã Empreendimentos Imobiliários Ltda., a "empresa relâmpago" do presidente do Senado,Renan Calheiros (PMDB-AL), distribuiu R$ 200 mil de lucro para Maria Verônica Calheiros, mulher do senador, apenas quatro meses após a artista plástica injetar R$ 290 mil em seu capital.
Um lucro de 69% - na época, a taxa básica de juros era de 12,5% ao ano.
Sem nenhuma operação registrada, a Tarumã encerrou suas atividades em 16 de novembro de 2011, nove meses após ser registrada na Junta Comercial do Distrito Federal.
Com o fim da Tarumã, Verônica recebeu R$ 498.284 em lucro e na restituição do investimento. Dois filhos do casal, Rodolfo e Rodrigo, também sócios na empresa, receberam R$ 833 cada.
Considerado alto por especialistas em lavagem de dinheiro, o lucro líquido obtido em tão pouco tempo coloca sob suspeita as operações financeiras e contábeis da empresa - que, em menos de um ano, movimentou ao menos R$ 500 mil. Aberta depois das eleições de 2010, a Tarumã teria funcionado em uma sala no Lago Sul de Brasília.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está desde a semana passada mergulhado na análise das atividades da empresa. Às vésperas da eleição para o Senado, Gurgel denunciou Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
O inquérito está, atualmente, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. Renan, que prega a transparência desde que assumiu a Casa pela segunda vez, se nega a esclarecer as atividades da Tarumã, alegando sempre se tratar de atividade privada.

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